domingo, 22 de novembro de 2015

O garoto que quer mudar o mundo - por Ronaldo Lemos

Fantástico! E assustador.

Há poucos dias, eu conversava com um amigo: o capitalismo não vai desabar por conta de uma revolução, ou de uma transformação radical da sociedade. Ele evoluirá, como tudo que veio antes, até que um dia um historiador, sociólogo ou economista perceba: "Epa! Isso que existe hoje é muito diferente do que costumávamos chamar de capitalismo; já é outra coisa." E vão dar a isso um outro nome.

Talvez tudo comece com algo como o que está descrito, abaixo, por Ronaldo Lemos.

(...) Imagine se a própria internet pudesse ser transformada em um gigantesco computador. Em vez de programar um dispositivo específico (como um celular ou um laptop), seria possível programar a própria rede. Ela passaria a executar as instruções automaticamente.

Esse é o princípio por trás do Ethereum. Se ele decolar, surgirá no planeta a primeira rede descentralizada capaz de tomar decisões autônomas, rodando "aplicações" sem que haja uma pessoa, uma empresa ou até mesmo um computador específico por trás delas. 

Pense, por exemplo, na controvérsia recente envolvendo aplicativos para chamar transporte urbano. (...)

Uma vez que essa funcionalidade é implementada no Ethereum, ela se torna imparável. Sempre que alguém pedir um carro por meio dela, a rede executará essa função. Não haverá governo, protestos, juízes, exércitos, cartórios ou oficiais de Justiça que serão capazes de fazer parar aquela atividade. Para "desligá-la" será preciso desligar a própria internet como um todo (se sobrar um pedaço que seja, a funcionalidade continua em operação).

Com isso, vale se preparar para a chegada de uma nova geração de serviços. Eles não precisão de nenhuma empresa (nem de nós, humanos) para serem operados. Serão embarcados na própria rede. Poderão gerar mecanismos incríveis para melhorar a vida das pessoas e reduzir custos. E também gerar aplicações selvagens, capazes de produzir danos em quem cruzar seu caminho, tudo automaticamente.

Não espanta que o bilionário Peter Thiel –famoso por sua visão política ultraliberal– tenha concedido uma de suas bolsas a Vitalik. Afinal, com sua criação, a própria ideia de democracia e de Estado pode ser profundamente transformada. (...)

Íntegra aqui.

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