sexta-feira, 13 de março de 2015

Os corruptos do bem

Já tratei do assunto antes. Mas ele merece considerações adicionais. Vamos a elas.

Há algumas semanas, percebi nas redes sociais um certo #mimimi de petistas que até poucos dias ainda vomitavam bazófias sobre os "reacionários coxinhas". Diante da avalanche de evidências de que o PT comandou um megaesquema de corrupção como "nunca antes na história deste país", o ímpeto de negar ou relativizar o papel do partido no escândalo arrefeceu no coração dessa gente. A vergonha diante do ridículo a que se expuseram durante tanto tempo e com tantas desculpas do tipo "foi FHC" finalmente abateu-lhes a arrogância.

Essa arrogância voltou a se manifestar depois do papelão de Lula na ABI, da divulgação do Swissleaks e da omissão dos nomes de Lula e Dilma na lista do Janot. Mas eu quero me concentrar mesmo é no modo petista de expressar consternação naquele intervalo em que a derrota na luta por corações e mentes parecia inevitável. Eles demonstravam tristeza porque lhes doía o sofrimento dos pobres, a existência da miséria, a insistente desigualdade, a indiferença dos ricos com as aflições dos desfavorecidos. Era como se o sonho de finalmente mudar o mundo, começando pelo "governo democrático e popular" do PT, estivesse desmoronando, e com ele o próprio sentido da vida desses abnegados. #mimimi. Moralistas hipócritas.

Tal afetação de altruísmo disfarça uma das maiores canalhices de que são capazes os expoentes da esquerda "revolucionária": acusar todos os que não concordam com seus métodos, com sua visão de mundo e com seus valores de serem egoístas, malvados, burgueses exploradores dos pobres e felizes beneficiários da desigualdade que é causa de toda miséria do mundo.

Pensando assim, essa gente se convence de que a corrupção deles é melhor que a dos outros. Porque "todos são corruptos", mas só eles "pensam nos pobres". Bem, eu tenho novidades. Nem todos somos corruptos. Muitos de nós sempre odiamos a corrupção, inclusive a dos governos não petistas. E lutamos contra ela. E não vemos motivo pra fazer diferente quando o governo é de um partido ou de um político em que votamos. Porque nós, os seres humanos "ordinários", que não somos de esquerda, não temos bandidos de estimação. Não acreditamos em doutrinas políticas redentoras. Não acreditamos em partidos "revolucionários", donos da chave da história, únicos conhecedores do caminho para o progresso da humanidade. Acreditamos menos ainda em líderes carismáticos, "populares" e iluminados. Tipo Lula.

E muitos de nós, fora da esquerda, também pensamos nos pobres. Também queremos que eles deixem de ser pobres, que melhorem de vida, que deixem de ser explorados. Ocorre que nós não acreditamos que os métodos defendidos e praticados pela esquerda sejam eficazes. Na nossa opinião, esses métodos retardam a redução da pobreza, quando não a pioram, seja por tornar os pobres ainda mais pobres, seja por arrastar para a pobreza quem antes nem pobre era. Você, da esquerda, pode não acreditar em nós. Pode discordar de nós. Mas não tem o direito de dizer que, por pensarmos assim, somos uns malvados indiferentes aos pobres. Se você julga ter esse direito, tem uma séria deficiência intelectual ou uma grave deformidade de caráter.

Assumamos, então que você, esquerdista, e eu, direitista (pode me chamar assim, se isso o conforta), somos gente honesta, decente, altruísta e com vontade de mudar o mundo. Discordamos quanto aos meios, mas acreditamos na boa fé um do outro. Só que eu estou no poder. Você, não. Eu governo, você se opõe. Mas eu percebo que meu "mundo melhor" não será possível se eu não ceder à fisiologia, se eu não aparelhar a máquina pública, se eu não fizer acordos espúrios com os oportunistas que sempre saquearam o povo, se eu não fechar os olhos à corrupção deles ou, no último caso, se eu mesmo não praticar - ou mesmo comandar e coordenar - a corrupção. Um belo dia, tudo isso tem à tona. Acaso você aceitaria que eu me justificasse dizendo que eu e meus correligionários somos pessoas decentes, que só fizemos o que todos sempre fizeram, que os outros fizeram pior, que a mídia - neste caso, seria uma mídia de esquerda, viu? - quer me derrubar, que a mesma mídia encobriu a corrupção quando você dava as cartas, que a KGB - ou o que restou dela -, Cuba, Maduro, as FARC e o Foro de São Paulo patrocinam uma campanha de desinformação pra viabilizar um golpe contra meu governo, um governo tão bem intencionado que só pensa em melhorar a vida dos pobres...? Não? Você não aceitaria? Tem certeza? E por que raios você quer que eu aceite esse tipo de "justificativa" para a sua corrupção, a do seu partido, do seu governo, dos seus heróis?! Ah, vá se catar!

Todas as "desculpas" acima são inaceitáveis, venham de quem vierem. Isso não muda porque você é do bem, porque você é de esquerda, porque você se importa com os pobres. Eu também sou do bem, também me importo com os pobres. E isso não me dá o direito de roubar, não me dá o direito de, tendo roubado, almejar compreensão, condescendência, uma nova chance; não me dá a autoridade pra dizer como a política deve ser "reformada" pra que esse tipo de coisa nunca mais aconteça. Por que daria a você?

Parafraseio aqui palavras que li de Reinaldo Azevedo: Na democracia (se ela fizer jus a esse nome), nós discordamos no conteúdo, mas concordamos na forma. Quer dizer, podemos ter todas as divergências possíveis, mas aceitamos que todas as nossas ações devem se dar dentro da lei. Nenhum de nós tem o direito de infringir a lei em nome de nossos valores, de nossos ideais. Porque isso implica necessariamente reconhecer que a outra parte pode se dar o mesmo direito. E isso nos tornaria definitivamente um país de ladrões.

Aqui está o ponto central deste texto: não existe corrupção do bem. Não existe corrupção bem intencionada. Não existe corrupção justificável. Se a esquerda espera ter essa prerrogativa, por que o mesmo direito teria de ser negado à "direita"? Por que os "capitalistas", os "neoliberais" não fariam jus ao mesmo tratamento, bastando pra isso argumentarem que são pessoas do bem e que fizeram tudo pelo bem do país e especialmente dos mais pobres? Ah, porque não existem direitistas, capitalistas e neoliberais decentes, altruístas, honestos e sinceros? Quer dizer realmente que a esquerda detém o monopólio da virtude?

Esse arrazoado, implícito no discurso de vocês, só deixa claro que o que lhes interessa mesmo é deter o monopólio da roubalheira impune. Tudo em nome do bem.

sábado, 7 de março de 2015

Sakamoto: Lei de Acesso à Informação gera nova “lista suja” do trabalho escravo

Nem só de ataques à esquerda vive este blog. Na verdade, as graves circunstâncias é que o arrastaram pra esse assunto tão indigesto. Dito isso, reproduzo em parte e recomendo a leitura do mais recente artigo de Leonardo Sakamoto.

(...)
Direito à informação – De acordo com a sustentação da solicitação desse extrato, produzida pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu), a sociedade brasileira depende de informações oficiais e seguras sobre as atividades do Ministério do Trabalho e do Emprego na fiscalização e combate ao trabalho escravo contemporâneo no Brasil.

Informação livre é fundamental para que as empresas e outras instituições desenvolvam suas políticas de gerenciamento de riscos e de responsabilidade social corporativa. A portaria que regulamentava a suspensa “lista suja'' não obrigava o setor empresarial a tomar qualquer ação, apenas garantia transparência. Muito menos a relação aqui anexa. São apenas fontes de informação a respeito de fiscalizações do poder público.

Transparência é fundamental para que o mercado funcione a contento. Se uma empresa não informa seus passivos trabalhistas, sociais e ambientais, sonega informação relevante que pode ser ponderada por um investidor, um financiador ou um parceiro comercial na hora de fazer negócios.
(...)

Baixe a “lista suja'' do trabalho escravo alternativa, clicando aqui (para versão em pdf) e aqui (para versão em xls).

Publicado no Blog do Sakamoto
Leia o artigo inteiro aqui.

Veja: Verdades inconvenientes

Publicado em Veja.com

Eu sabia que seria assim. Enquanto a militância a soldo se vale de ilações, sofismas, falácias e conspirações, jornalistas de verdade investigam, apuram, conferem e publicam o que é de interesse público. Nada poderia ser mais importante para o público, na antevéspera da eleição, do que a notícia de que Lula e Dilma sabiam de tudo. Se o doleiro mentiu, não cabia à revista decidir. Cabia informar que o criminoso mais entranhado no esquema denunciou os dois. Ao público - e eleitores - cabia decidir se a divulgação de tal denúncia era crível e relevante para definir seu voto. E o eleitorado decidiu.

Desde sempre considero nossa lei eleitoral uma forma grotesca de censura que só protege a reputação dos políticos durante a campanha, privando os cidadãos de informações essenciais para formar sua opinião. Isso tem de mudar! O direito do público à informação tem de prevalecer sobre o direito de preservar a imagem de quem dá a cara a bater na vida pública. Existe judiciário pra reparar eventuais erros. Quem perde uma eleição não perde necessariamente o emprego nem o direito de continuar na vida pública. A menos que seja condenado. Já o povo votar em criminosos cujos delitos ficam escondidos sob uma lei eleitoral feita por políticos para proteger políticos... Isso é inadmissível.

Eles sabiam de tudo - Capa da edição 2397 de VEJA 

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Abaixo a transcrição oficial do depoimento de Yousseff, à disposição dos leitores no site do Ministério Público Federal, em que o doleiro afirma às autoridades exatamente o que VEJA publicou em sua capa de 29 de outubro de 2014:
"Alberto Youssef (Termo de Colaboração 02) afirmou que, em complementação ao termo de declarações realizado na data de ontem, o declarante gostaria de ressaltar que tanto a presidência da Petrobras quanto o Palácio do Planalto tinham conhecimento da estrutura que envolvia a distribuição e repasse de comissões no âmbito da estatal; que, indagado quanto a quem se referia em relação ao termo "Palácio do Planalto", esclarece que tanto à Presidência da República, Casa Civil, Ministro de Minas e Energia, tais como Luis Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti, Gleisi Hoffman, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e Edson Lobão, entre outros relacionados; que esclarece ainda que eram comuns as disputas de poder entre partidos, relacionadas à distribuição de cargos no âmbito da Petrobras, e que essas discussões eram finalmente levadas ao Palácio do Planalto para solução; que reafirma que o alto escalão do governo tinha conhecimento;"
(...)

Leia o editorial completo aqui.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Merval Pereira: A lista de Janot

Publicado no Blog do Merval

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No caso atual, o difícil será conseguir provar que o dinheiro doado por empreiteiras por meio de mecanismos legais e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem origem ilegal, desviado das obras da Petrobras. Mesmo que se prove esse desvio com o cruzamento de planilhas, descobrindo-se o caminho do dinheiro, será preciso provar que o político que recebeu aquela doação sabia que era dinheiro ilegal.

Até mesmo o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o mais exposto de todos, pode alegar que não sabia que o dinheiro era desviado de obras, embora haja várias delações premiadas dando conta dos acertos financeiros entre eles, os diretores da Petrobras e os empreiteiros. Juntar essas pontas com provas é que será o trabalho dos investigadores a partir de agora. 
(...)

Se essas dificuldades se confirmarem, podemos ter de assistir empresários pegando (merecidas) décadas de prisão, como Marcos Valério, enquanto políticos saem (imerecidamente) ilesos ou com penas inócuas. Triste perspectiva.

Leia o artigo aqui.

Folha: Renan cobra blindagem do Planalto para ficar no cargo

Publicado na Folha de S. Paulo

Alvo da Procuradoria-Geral da República nas investigações sobre corrupção na Petrobras, Renan Calheiros (PMDB-AL) busca uma ''blindagem'' do Planalto para ter a garantia de que, se a crise se agravar, terá apoio para seguir presidindo o Senado.

Segundo integrantes da cúpula peemedebista, o senador tem reagido ''acima do tom'' nas últimas semanas porque quer a sinalização de que será protegido pelo Planalto e que o PT não defenderá sua saída.

Em 2007, Renan foi alvo do "fogo amigo" petista quando sofreu processo de cassação acusado de usar um lobista para pagar a pensão de uma filha. À época, conseguiu ser absolvido com os votos de PSDB e DEM, mas foi fritado publicamente por aliados, caso do então senador Aloizio Mercadante, hoje chefe da Casa Civil. Se, desta vez, for preservado, voltará a ser um fiador da governabilidade no Legislativo.

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Mais uma vez, o PT nas mãos de Renan. E Renan nas do PT. E o Brasil nas mãos deles. "Quem com porcos se ajunta farelo come."

Talvez seja oportuno lembrar o que escrevi em 2007 (Quem nunca comeu melado... ).

Leia o artigo inteiro aqui.

Josias Souza: Eduardo Cunha diz que Planalto abriu champanhe para festejar sua desgraça

Publicado no Blog do Josias

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Na versão contada por Eduardo Cunha, seu nome foi empurrado para dentro da lista pelo ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), que teria feito gestões junto ao procurador-geral. Para que esse enredo ficasse em pé seria necessário que as acusações contra o deputado desmontassem depois de divulgadas pelo relator do processo no STF, ministro Teori Zavascki.
(...)

O raciocínio de Josias de Souza é simples: os inimigos de Cunha no Planalto e no PT podem ter motivos para induzir e comemorar sua inclusão na lista de Janot. Mas isso de nada servirá para livrar sua cara se as denúncias contra ele se demonstrarem verdadeiras. Veremos.

Leia o artigo inteiro aqui.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Notas de um recente "dabate" no Facebook

Sobre FHC, um eventual impeachment de Dilma, e o interesse da CIA nisso.

Rosivaldo: 1) FHC não foi o governante dos sonhos. A aliança com o PFL, que era o PMDB da época, foi uma "traição" por si só. Mas é bom lembrar: o PSDB tentou compor com o PT, que rejeitou. Como sempre. E o PSDB nada tinha de direita. O PT é que sempre foi maniqueísta mesmo.

2) Ainda assim, FHC melhorou muito o país. Não só na inflação, que ele recebeu na casa dos três ou quatro dígitos e devolveu em um dígito. Os 12% de seu último ano foram por conta do discurso incendiário do PT. Eu lembro muito bem. FHC modernizou as instituições e a economia. Como todo remédio, houve efeitos colaterais, alguns graves. Mas o saldo foi positivo.

3) O Brasil vinha de décadas de caos econômico. Durante a arrumação, que não tinha como ser rápida, não foi possível acumular reservas cambiais a tempo de nos blindar contra as enormes crises internacionais dos anos 90. A gente se ferrou várias vezes.

4) FHC pagou o amargo preço político de tomar medidas austeras mas necessárias. Lula colheu os benefícios. Essa é a verdade. Qualquer economista não militante pode confirmar essas coisas.

5) Não acredito no envolvimento da CIA em nossa crise atual. Fico com Carl Sagan: afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias. Embora isso tenha acontecido muito no passado, é bom lembrar que não estamos mais na Guerra Fria. As coisas são muito diferentes hoje.

6) Não me importo de mudar de ideia amanhã, se surgirem evidências. Só não posso trabalhar com ideias conspiratórias, porque elas podem se estender 'ad infinitum' sem precisar de nenhuma prova. A desconfiança e a imaginação bastam.

7) Por favor, não se ofenda com o título, que não é meu intento. Mas, falando de livros, é bom lembrar o "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano", que mostra como grande parte do atraso em nosso continente deriva mais de nossa cultura de vitimização perante o "Império" americano e de nossa teimosa busca de soluções via populismos, notadamente os de esquerda.

8) E se ficar comprovado crime de responsabilidade de Dilma nessa história toda? Fazemos o quê? Deixamos pra lá, porque talvez a CIA, ou a direita, ou a "elite" quer exatamente isso pra alcançar o poder? Pelo amor de Deus, eu vou embora do Brasil se uma tese dessas se materializar.

9) E se ficar comprovado, nesse processo do Petrolão, crime eleitoral da campanha de Dilma? Vamos deixar pra lá porque em vez de Temer (no caso do impeachment) nós teríamos Aécio presidente?

10) Ainda que se suspeite, e eu suspeito, que Aécio também não tenha sido de lisura completa em sua campanha, vamos deixar Dilma quieta mesmo diante de um crime eleitoral provado, apenas porque existe uma suspeita difusa de que seus oponentes não foram nem são totalmente honestos? Suspeita genérica equivale a prova de crime?

11) Se nada ficar provado sobre Dilma, apenas lamentarei. Porque não acredito em sua honestidade. Mas a lei tem de ser seguida: crimes comprovados têm de ser punidos na forma da lei. Os não provados têm de ter seus respectivos processos arquivados. Sobre esses, no máximo, pesa a condenação moral, que é subjetiva. Simples assim.

12) O PT não vai dar um golpe de Estado. Não porque não queira, mas porque não pode. Os militares não estão do lado deles. Não dá pra fazer golpe sem algum tipo de força armada. Eles também não têm uma guerrilha nem tropas paramilitares pra isso.

13) Mas o apoio incondicional que o PT sempre prestou aos Castro, a Chávez, às FARC, a inúmeras ditaduras antiamericanas em todo o mundo evidencia que o PT não tem o menor apreço pela democracia. Nem pelos direitos humanos, que é uma bandeira tão "defendida" pelas esquerdas, que votam no PT ainda que o detestem porque acreditam que a "direita é machista, racista e homofóbica".

14) Esse apoio evidencia que o PT não se importaria de transformar nosso país em uma "ditadura companheira" (eles nem sabem mais o que é "proletariado") sob o pretexto de combater as "elites" que tanto maltratam os "pobres".

15) O desprezo do PT à liberdade, supostamente justificado por sua política de "justiça social" é o que um partido pode ter de pior. Adoraria ver nosso povo entender isso. Nossos "intelectuais" merecem apenas desprezo por apoiar um partido assim. É um discurso de psicopatas para plateias histéricas ávidas da relevância que não têm.

S. P.: Concordo plenamente com você, Rosivaldo, em relação ao crime da presidente precisar ser esclarecido e comprovado, antes de o impeachment E das outras punições serem aplicadas.
O problema é que, no nosso país dos coronéis, nem sempre as coisas seguem a ordem esperada.
Quanto à CIA, entendi que apesar de não acreditar que ela seja responsável por nossa crise, deve admitir que a Presidência da nossa República foi alvo de espionagem daquela agência. Afinal, este foi um fato noticiado mundialmente, forte e publicamente repudiado por nossa atual representante enquanto brasileiros. Essa espionagem precisa ter um motivo. Qual seria, então, o motivo? Salve-me desta paranoia.

Rosivaldo: Desculpe, S. Eu esqueci o Wikileaks. O Brasil é um inimigo potencial dos EUA. Nossa política externa é clara quanto a isso. Por si só, é motivo pra sermos espionados. E, sim, eles espionaram a própria Petrobras, o que evidencia uso da "maquina" deles em nome de interesses comerciais (de suas empresas) e não somente para fins de segurança nacional. OK, o jogo é bruto, fazer o quê? Não podemos é deixar de assumir o controle de nosso destino por medo do "Império". [A propósito, o Wikileaks revelou que os EUA espionaram e ainda espionam todo mundo! Até seus aliados europeus.]

Josias de Souza: Para ‘decifrar’ Renan, Planalto recorre a Temer


Eis o resultado de um governo que preferiu se aliar ao que havia de pior em nossa política em vez de compor com gente menos canalha que o PT tratou de vilipendiar com o rótulo de "direita". Hoje estamos na mão do PMDB. De Renan. Renan! Eles não são burros. Sabem que o PT está fazendo água. Os ratos sabem quando o navio vai naufragar. E tratam de pular fora o quando antes.

Consolidou-se no Planalto a conclusão segundo a qual Renan decidiu flertar com a oposição por considerar que o governo não moveu uma unha para livrá-lo das complicações da Operação Lava Jato. A leitura dos correligionários do PMDB é outra: ao sentir o cheiro de queimado, Renan decidiu protagonizar dois gestos.
Num, o morubixaba do PMDB alagoano acena para o pedaço da Opinião Pública que já não suporta Dilma e o PT. Noutro, ele faz média com os partidos de oposição no Senado. Tenta evitar a formação de uma maioria que, em futuro próximo, possa ameaçar-lhe o mandato.

Quanto a Dilma, que já não socorre nem a si mesma, Renan já não enxerga nela o proveito de outrora. Hoje, já não é possível extrair impunemente dividendos de “espaços'' como a Transpetro, uma jazida onde Renan manteve por 12 anos o afilhado Sérgio Machado.

Leia o artigo inteiro aqui.

G1: PGR envia ao STF lista com políticos a serem investigados na Lava Jato

Publicado no G1

Procurador-geral Rodrigo Janot entregou pedido nesta terça-feira ao STF.
Ministro decidirá se retira sigilo do processo e depois se aceitará pedido.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou às 20h11 desta terça-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

Inquérito. Ainda. A experiência sugere que vai demorar muuuuuito pra que algo concreto aconteça com toda essa gente. Se acontecer. A lentidão de nossa justiça é desanimadora.
 
Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”,  o ex-diretor revelou o nome de 28 políticos supostamente beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras. A publicação afirma que entre os mencionados estão o ex-ministros Edison Lobão (Minas e Energia); Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário Negromonte (Cidades); o governador do Acre, Tião Viana (PT); os ex-governadores Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco), além de deputados e senadores de PT, PMDB, PSDB e PP. Os políticos citados negaram participação.


Leia o artigo inteiro aqui.

terça-feira, 3 de março de 2015

Fernando Rodrigues: Oposição quer convocar Levy para explicar atuação do governo no SwissLeaks

Publicado do Blog do Fernando Rodrigues

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) (foto), líder da oposição na Câmara, irá requerer a convocação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para que ele explique a atuação dos órgãos de controle vinculados à pasta em relação aos brasileiros que tinham contas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007.

A CPI já foi aprovada. Espero que não reste uma pedra não revirada em mais esse escândalo. A propósito, já que esse governo "investiga" tanto, por que não investigou o caso há nove anos?

Leia o artigo aqui.

Folha: Doleiro diz que obras em refinaria geraram propina para três partidos

Publicado na Folha de S. Paulo

O doleiro indicou como beneficiários de parte dos subornos o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em março passado.

Mais uma vez, Youssef insiste que Sérgio Guerra e Eduardo Campos se beneficiaram do esquema. Querem saber? Eu acredito.


O artigo pode ser lido aqui.

Destaque

Todas as famílias da Terra

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