Algumas considerações.
1) Foi golpe?
2) Foi errado?
3) Foi ditadura?
4) O regime militar salvou o Brasil do comunismo?
5) Ter combatido o comunismo redime o governo militar de seus crimes?
6) Golpe é golpe. É sério que não é errado nem certo?
Como eu disse,
depende de quem julga: se um golpe de Estado tivesse derrubado Hitler
e instaurado uma democracia plena na Alemanha antes da Segunda
Guerra, nós o consideraríamos “certo”? Muito provavelmente,
sim.
Em vez de golpe, considere uma revolução: como
eu já disse, toda revolução é por definição ilegal.
Diferencia-se de um golpe porque quem toma o poder vem de fora do
Estado. Ora, todo mundo acha linda a Revolução Cubana. Epa, todo
mundo não! Só os retardados da esquerda e os patifes que os iludem.
Mas o ponto é: o governo deposto era realmente tão ruim que merecia
ser deposto? Ele foi substituído por um governo melhor ou por coisa
ainda pior?
Em vez de golpe e revolução, pode ocorrer uma
rebelião: o povo não aceita mais o regime, recorre à desobediência
civil generalizada, gera-se uma crise institucional que só se
resolve com a dissolução do governo e a instauração de uma nova
ordem jurídica por novas lideranças mais afinadas com os reclames
populares… Tudo começa com a rejeição da ordem legal. Só o
futuro dirá se essa ruptura foi “certa” ou não.
Só pra não esquecer, a quebra da ordem legal
interna pode vir de fora: uma intervenção – da ONU, de outro
país. É uma das saídas, razoável até, para a atrocidade desumana
que se revelou a famigerada Revolução Bolivariana da Venezuela.
Como é praticamente impossível haver golpe, revolução, rebelião,
intervenção ou qualquer coisa similar que não seja traumática,
que não roube vidas, que não deixe sequelas numa sociedade, cumpre
ao “julgador” também perguntar: havia outra saída?
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