Algumas considerações.
1) Foi golpe?
2) Foi errado?
3) Foi ditadura?
4) O regime militar salvou o Brasil do comunismo?
5) Ter combatido o comunismo redime o governo militar de seus crimes?
6) Golpe é golpe. É sério que não é errado nem certo?
7) Havia alternativa ao golpe e à ditadura militar?
8) “Ditadura nunca mais!”
9) Socialistas nutella
É claro que a esquerda de hoje está cheia de socialistas nutella – tipo assim, Márcia Tiburi. Essa gente faria Marx chorar de vergonha, sua demência mataria Engels de rir, e qualquer um deles morreria imediatamente com um tiro, na cabeça, da pistola de Che Guevara – este, sim, socialista raiz! – que se livraria deles como de qualquer outro estorvo inadmissível à Revolução (esse pessoal, ainda hoje, fala de sua acalentada quimera assim, com inicial maiúscula). Essa esquerdalha retardada diz que com eles é diferente, que eles são democratas, que eles defendem o socialismo, mas é um socialismo com… liberdade. Ê, que beleza! Eu acho tão fofo…
Eu
também sou fofo. Tanto que eu faço uma proposta a vocês: vocês
votam em mim se eu fundar um partido, tipo assim… Fascismo com
Tolerância? Vai ser o PFAST! Ficou legal, né? Mas eu posso
melhorar: posso fundar o PNIG! “IG” de igualdade, viu? Pra ficar
bonitinho. Vai ser o Partido Nazismo com Igualdade. Não vai ser
fofo? Não é porque o nazismo dos outros foi um regime de terror que
o meu tem de ser. Deturparam Hitler. Vocês já leram o Mein
Kampf? Já leram Rosenberg? Sabem que Heidegger era nazista? Já
leram Gentile? Ah, vão estudar!
É perfeitamente possível conciliar fascismo e nazismo com tolerância e igualdade. Basta não repetir os erros e desvios das tentativas malsucedidas. Se ser fascista é desejar uma sociedade menos individualista, mais solidária e mais voltada a promover os valores comuns de nossa nação, eu sou fascista. Se ser nazista é trabalhar pelo melhoramento contínuo do ser humano, nos planos físico, mental e espiritual, tanto de indivíduos como de toda a coletividade nacional, e mais, estender esse melhoramento para além das fronteiras nacionais, então eu sou nazista. Quem pode ser contra isso? Apenas os que insistem em se agarrar ao individualismo, ao egoísmo, à desagregação e alienação social; os mesmos que enriquecem pela especulação financeira e pela exploração da verdadeira classe trabalhadora, cujo progresso acabaria com sua dominação sobre ela.
É perfeitamente possível conciliar fascismo e nazismo com tolerância e igualdade. Basta não repetir os erros e desvios das tentativas malsucedidas. Se ser fascista é desejar uma sociedade menos individualista, mais solidária e mais voltada a promover os valores comuns de nossa nação, eu sou fascista. Se ser nazista é trabalhar pelo melhoramento contínuo do ser humano, nos planos físico, mental e espiritual, tanto de indivíduos como de toda a coletividade nacional, e mais, estender esse melhoramento para além das fronteiras nacionais, então eu sou nazista. Quem pode ser contra isso? Apenas os que insistem em se agarrar ao individualismo, ao egoísmo, à desagregação e alienação social; os mesmos que enriquecem pela especulação financeira e pela exploração da verdadeira classe trabalhadora, cujo progresso acabaria com sua dominação sobre ela.
Nos dois parágrafos anteriores, troquem as palavras fascismo, tolerância, nazismo e igualdade por socialismo, liberdade, comunismo e democracia, respectivamente. Troquem Hitler por Marx, ou Lênin, ou Stálin. De certo modo, tanto faz. Troquem Mein Kampf por Das Kapital ou pelo Manifesto Comunista. Troquem Rosenberg, Heidegger e Gentile por Engels, Sartre e Gramsci. As descrições edulcoradas do nazifascismo podem ser trocadas por declarações do tipo “Ser socialista/comunista é lutar pela igualdade, pelo fim da exploração do homem pelo homem, pelo fim da opressão; como alguém pode ser contra isso?” que tanto esquerdinha nutella declama no Face tendo arcos-íris, corações e ursinhos carinhosos ao fundo.
Se é tão insuportável a ideia de um fascismo do bem, de um nazismo moderado, light, por que o mesmo não se dá com socialismo/comunismo? Nenhuma declaração de boas intenções ou promessa de bom comportamento poderia aplainar a montanha de mortos que o nazifascismo ergueu, e tentar ocultar essa montanha sob afetações de bom-mocismo seria, por si, só um desrespeito a quem morreu e a quem teve seus entes queridos soterrados nela. Por que diabos uma pessoa pode se dizer comunista/socialista, pode votar em partidos e políticos comunistas/socialistas, pode se aliar a políticos, nacionais ou estrangeiros, comunistas/socialistas, pode declarar apoio a di-ta-do-res
e di-ta-du-ras
comunistas/socialistas sem ser imediatamente considerada cúmplice moral da morte de mais de cem milhões de pessoas, contagem que ainda não acabou, haja vista que China, Coreia do Norte, Cuba e Venezuela ainda incrementam essa contagem macabra?
Não falta quem diga que o comunismo não oferece mais risco, que isso é coisa da Guerra Fria. Pode ser. Mas isso não impede que essa esquerda socialista nutella “do bem” aproveite toda oportunidade que lhe aparece para demonstrar seu apoio ao que existe de pior na humanidade hoje. Por exemplo: o Levante Popular da Juventude declara apoio a Maduro, porque este promete levar adiante a Revolução Bolivariana (o tal Socialismo do Século 21, de Chávez) na Venezuela; o PT, o PCdoB o PSOL e outros partidos de esquerda, dos “moderados” aos revolucionários, reforçam esse apoio com recursos muito mais relevantes do que dancinhas de maconheiros em DCEs infestados de retardados mentais; os eleitores desses partidos expressam esse apoio nas redes sociais; os movimentos feministas, LGBT, quilombolas, indígenas e negros aderem à luta contra o imperialismo ianque; os artistas, psicólogos, sociólogos, professores, todos os luminares das “humanas” empenham seu prestígio, sabedoria, sensibilidade e empatia na condenação ao capitalismo que quer esmagar mais uma luta legítima pela libertação de um povo das garras da opressão. E a mesma cantilena se repete: mais uma ditadura assassina ganha licença moral para censurar, cassar, perseguir, prender, torturar e matar seus opositores, porque estes são inimigos do socialismo, que só quer o bem, a igualdade e o fim da exploração. E quando fica escancaradamente óbvio que, de novo, nada se criou senão outro monstro autoritário, a esquerda “do bem” sai de fininho dizendo que aquilo não é com ela porque Maduro não é socialista de verdade, porque não houve Revolução (com maiúscula, viu?) de verdade na Venezuela, porque Chávez morreu e o processo ficou incompleto… Enquanto isso, a esquerda psicopata espalha que a Revolução foi sabotada pela CIA. De novo.
Não é só isso. Para ficar contra o capitalismo, e seu maior representante, os Estados Unidos, os socialistas do bem aderem às narrativas mais porcas: os cubanos fogem da ilha por causa da propaganda maligna anticomunista da CIA; a tirania de Cuba contra seus próprios cidadãos não comove esses anjos de empatia e “mais amor, por favor”; a aliança dos governos petistas com Cuba, Venezuela, Líbia, Síria, Hamas, Hezbollah e Irã é a coisa mais linda, pois é antiamericana.
Outro caso emblemático: o Estado Islâmico degola perante as câmeras dezenas de pessoas, assassina milhares de outras e persegue, para exterminar, uma etnia inteira, a yazidi, que foge para as montanhas; os Estados Unidos bombardeiam o Estado Islâmico para dar aos yazidis tempo de fugir até que chegue ajuda internacional; Dilma concede entrevista em solo americano e, orientada por Marco Aurélio Garcia, mentor petista para assuntos internacionais, critica quem? Os malditos imperialistas ianques, claro! Apoiar Dilma e o PT é apoiar gente que prefere ver um povo inteiro ser varrido da face da Terra, desde que isso mine a influência americana no mundo. Socialistas, feministas e esquerdistas do bem não ligam. Mexer com Dilma é mexer com todxs.
O Irã já prometeu inúmeras vezes varrer Israel do mapa e financia o Hezbollah e o Hamas, que se dedicam à destruição de Israel. Mas para toda a corja socialista latinoamericana, a brasileira incluída, Israel e Estados Unidos é que são os grandes opressores quando impõem sanções contra o programa nuclear iraniano. O Hamas usa crianças, mulheres e idosos como escudos humanos; usa seus próprios hospitais e escolas infantis como depósitos de bombas e munição; assassina qualquer palestino que ouse discordar de seus métodos. Tudo isso enquanto Israel protege por todos os meios possíveis a própria população, tem um regime realmente democrático onde árabes muçulmanos têm vez e voz no parlamento. Mas é Israel o grande e malvado opressor, porque é aliado dos americanos.
O mundo islâmico oprime como nenhum outro suas mulheres e suas minorias: gays, imigrantes, cristãos, judeus, “infiéis” de todos os tipos. No entanto, a esquerda cultural, “do bem”, que é apenas cria do socialismo antiamericano, antiburguês, anticapitalista, antiocidental, não perde oportunidade de condenar nosso machismo, nossa “cultura do estupro”, nossa homofobia, nossa xenofobia, nossa intolerância. Pior: toda crítica nossa ao Islã e sua cultura majoritariamente intolerante é condenada por essa esquerda nutella, nela incluída as feministas e a militância LGBT, como islamofobia. Enforcamento de gays e apedrejamento de mulheres não é coisa tão grave, desde que você pertença a uma cultura inimiga do Grande Satã, os Estados Unidos.
Meu ponto, com os exemplos acima, é demonstrar que esse socialismo light, essa esquerda pós-Guerra Fria, essa turma do bem, que só quer um mundo melhor, está longe de ser inofensiva. Um misto de ignorância e farisaísmo neopuritano, este alicerçado em valores “progressistas”, fez essas pessoas, no Brasil, elegerem para quatro mandatos consecutivos um governo que, ao contrário do que discursava em público, nunca teve o mínimo compromisso com democracia, liberdade, pluralidade ou honestidade; nem mesmo com a vida.
Numa rede de alianças que envolvia o PT, o PCdoB e, via Foro de São Paulo, muitos outros partidos de esquerda do Brasil e da América Latina; ditaduras e ditadores (ou aspirantes a ditadores) em Cuba, Venezuela, Equador, Uruguai, Argentina, Honduras e Nicarágua; narcoguerrilhas como as FARC; cartéis de drogas amparados por governos de Bolívia, Venezuela e Cuba; redes terroristas com ambições nucleares interligando Irã, Hezbollah, Hamas, Venezuela, Argentina e Cuba; cartéis de empreiteiras beneficiadas com bilhões do dinheiro público brasileiro para financiar o “empoderamento” de ditaduras amigas – ditaduras mesmo! – na América Latina e na África; em tudo isso os socialistas igualitários do bem sustentaram um esquema internacional de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, enriquecimento ilícito de megaempresários e de ditadores truculentos, fortalecimento de ditaduras e suas práticas de perseguição, censura, tortura e assassinato dos dissidentes, terrorismo e corrida armamentista nuclear; promoveram a explosão da criminalidade, não só no Brasil, mas também no México, estuário para os Estados Unidos da cocaína boliviana que, usando nosso espaço aéreo, fazia escala na Venezuela e em Cuba, enriquecendo os respectivos ditadores desses países; jamais quiseram realmente saber porque o PT pagou os advogados dos assassinos de Celso Daniel; fingiu que Cristina Kirchner nada teve a ver com as pessoas assassinadas por denunciarem envolvimento iraniano nos atentados do Hezbollah a edifícios de comunidades israelitas em Buenos Aires; fora o resto.
Pessoas que fazem vista grossa diante de crimes tão graves – que vão do âmbito individual ao coletivo, e daí ao internacional – e ainda se dizem de esquerda porque a direita é do mal, é preconceituosa, não tem empatia pelo oprimido, é pró-ditadura, são pessoas doentes. São degenerados morais. Nenhum Bolsa-Família, nenhum Prouni, nenhum FIES justifica apoiar um governo que faz essas coisas. Quem apoia governos criminosos porque estes oferecem “benefícios sociais” está vendendo sua primogenitura por um prato de lentilhas. Eu entendo que pessoas carentes façam isso. Tudo o que descrevi acima é coisa totalmente fora da esfera de consciência de quem apenas luta pra sobreviver. Mas que intelectuais e pessoas instruídas façam isso é imperdoável. Estas pessoas estão vendendo a própria liberdade e, pior, a do povo pobre e simples em nome de sua tara socialista, que perdoa qualquer crime desde que este acene com a realização daquele sonho igualitário, o tal mundo melhor.
Socialista raiz é o ator pornô, o que faz todas aquelas coisas não muito respeitáveis nas… hã… obras audiovisuais do gênero. Socialista/esquerdista nutella é o adolescente espinhento que tranca a porta do quarto pra que a mãe não o flagre se refestelando ao ver aquele ator em ação. A diferença acaba aí.
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