Algumas considerações.
1) Foi golpe?
2) Foi errado?
3) Foi ditadura?
4) O regime militar salvou o Brasil do comunismo?
5) Ter combatido o comunismo redime o governo militar de seus crimes?
6) Golpe é golpe. É sério que não é errado nem certo?
7) Havia alternativa ao golpe e à ditadura militar?
8) “Ditadura nunca mais!”
É praticamente impossível eu ouvir ou ler essa expressão sem que ela me cause asco. Porque invariavelmente ela é proferida por gente que defende e admira ditaduras e ditadores sanguinários, assassinos, genocidas, torturadores e liberticidas. Todos de esquerda. Todos socialistas.
Ante a ideia de alguém “comemorar” o golpe de 1964, essas almas puras, esses ardorosos defensores dos direitos humanos se enchem de sacrossanto horror, mas acham lindo que seus partidos de esquerda – PSOL, PT, PSTU, PCdoB et caterva – comemorem com todas as pompas e honras de Estado, com presença de presidentes e ex-presidentes da República, no Congresso Nacional e nas universidades: a Revolução Russa de 1917, a Revolução Cubana de 1959, a Revolução Maoista e a Revolução Cultural chinesas, fora o resto. Eles não coram de vergonha, não exigem silêncio e não condenam ao ostracismo seus políticos de estimação – Manuela d’Ávila, Dilma, Lula, Haddad, José Dirceu, Boulos –, toda essa gente que canta em prosa e verso as glórias de regimes que foram ou ainda são tão hediondos quanto o próprio nazismo.
São as pessoas do “mais amor, por favor”, do #elenão, mas que passaram vinte anos tripudiando de quem avisava que o regime de Chávez trilhava o caminho de toda revolução socialista: repressão, pobreza, miséria, morte, escravidão e di-ta-du-ra. Hoje, confrontados com o horror vivido pelos nossos irmãos venezuelanos, olham para o lado, acabrunhados, como se não tivessem nada com isso, ou, os mais cínicos e psicopatas, culpam os ianques, culpam Bolsonaro…
É preciso ser muito canalha para dizer “Ditadura nunca mais!” e se derreter em elogios diante de qualquer propaganda esquerdista acerca das “conquistas sociais” de Cuba, onde
• é proibido existir qualquer partido que não seja o Comunista;
• é proibido editar, publicar ou ler qualquer jornal que não seja previamente aprovado pelo Partido Comunista;
• é proibido acessar a internet livremente;
• é proibido fazer qualquer manifestação, por qualquer meio que seja, contrária ao governo.
É preciso ser muito patife pra louvar a educação cubana, cuja universalidade traz embutida a doutrinação partidária e revolucionária obrigatória sobre todas as crianças, praticamente desde o berço; cujo conteúdo é rigidamente controlado por um governo que proíbe terminantemente que os cidadãos – incluídos aí os estudantes! – leiam qualquer livro que possa remotamente ameaçar o controle ideológico do partido sobre sua mentes desde o primeiro olhar que estas lançam sobre o mundo. Só um degenerado moral pode enxergar nisso um modelo a ser invejado e elogiado.
Onde estavam esses amantes da liberdade quando Tarso Genro devolveu a Fidel Castro, em 2007, dois boxeadores cubanos que queriam fugir daquele inferno? Por que essa gente acha normal que as pessoas sejam proibidas de ir embora de Cuba se assim desejarem? Por que elas acusam de vendidos e traidores as centenas de milhares de cubanos que fugiram para a Flórida, em vez reconhecer como ditadura o regime que as fez abandonar sua pátria em busca de uma vida com li-ber-da-de e uma chance de escapar da miséria?
Por que militantes do PCdoB – da meiga lute-como-uma-garota Manuela d'Ávila –, do PT e do PCR foram hostilizar e agredir Yoani Sánchez quando ela visitou o Brasil? Pra piorar, na Câmara dos Deputados, em pleno 2013 – governo Dilma, guerreira, quase mártir da liberdade! (#sqn) –, Yoani foi hostilizada e boicotada por todas as bancadas de esquerda, em vez de recebida e amparada pelo que ela era: das milhões de vozes oprimidas na ilha presídio do Caribe, praticamente a única que achou uma brecha que a ditadura cubana não pôde tapar a tempo de calá-la.
Na mesma ocasião, nas redes sociais, uma avalanche de acusações falsas foram feitas contra a moça; cataratas de loas, odes e declarações de amor eterno derramaram-se sobre Cuba, Fidel, Che e la Revolución. Deu-se o mesmo em todas as universidades maconheiras federais. Tudo isso feito pela mesma grei dos que futuramente votariam em Haddad porque perigam sofrer um AVC só de ouvir a expressão “colégio militar”. Como essa gente tem a cara de pau de dizer “Ditadura nunca mais!”?
O que de fato eles querem dizer é: “Ditadura deles nunca mais! Agora, só a nossa!” A esquerda jamais se incomodou com ditaduras. Desde Marx, pelo menos, a expressão “ditadura do proletariado” nunca foi mera força de expressão. Ela sempre carregou consigo todo o peso que a palavra ditadura impõe. Antes de 1964, todas as revoluções socialistas instauraram ditaduras, e em nenhum caso isso foi, para eles, um resultado surpreendente, inesperado, indesejado. Isso jamais foi visto como um desvio dos propósitos e dos princípios originais. Os comunistas acusavam-se uns aos outros de tudo, nunca de ter pervertido o desejo original de liberdade e democracia dos revolucionários. Eles nunca desejaram nem esperaram tais coisas. Consultem todos os documentos e manifestos das organizações de esquerda que combateram a ditadura militar: vocês não verão a palavra democracia ser mencionada. Nunca. Jamais.
O socialismo desejado por Brizola era uma ditadura. O socialismo desejado por Francisco Julião era uma ditadura. O socialismo desejado por Luís Carlos Prestes era uma ditadura. O socialismo desejado por José Dirceu, João Amazonas, José Genoíno, Fernando Gabeira, Dilma Roussef, Franklin Martins, Carlos Lamarca, Carlos Marighella e tantos mais era uma ditadura. Aquela luta jamais foi entre uma ditadura militar e uma democracia socialista e libertária. Foi entre uma ditadura que estava no poder e outra que queria tomá-lo.
O ódio que a esquerda socialista tem da ditadura militar não é o ódio que amantes da liberdade têm dos que a esta sufocam e trucidam. É o ódio de quem teve o seu sonho roubado: o sonho de vingar todos os séculos de desigualdade, opressão e exploração enforcando o último burguês nas tripas do último padre; de ver realizada sua própria ditadura liberticida, sua própria chance de dizer quem morre e quem vive; de negar aos vivos o direito de escolher um modo de vida capitalista, consumista, individualista, egoísta; de moldar toda a sociedade à imagem do “novo homem” socialista, desapegado, coletivista, altruísta; de condicionar as crianças a ver o mundo unicamente sob essa ótica totalitária; de mandar para campos de “reeducação” e trabalhos forçados todos que não aceitam a utopia da igualdade; de manter estrita vigilância sobre a população pra garantir que ninguém se desvie do bom caminho; de concentrar toda atividade econômica nas mãos do Estado e, como Frei Betto, achar lindo ver que ao povo (cubano, no caso) resta apenas conformar-se com uma “pobreza nobre e operosa”, eufemismo para irremediável miséria.
Por terem privado desse sonho hediondo os socialistas que morreram na luta, e porque os sobreviventes sabem que a roda do tempo girou e já é tarde demais pra que eles desfrutem de sua terra prometida, os militares jamais serão perdoados. Também não serão perdoados os que, a despeito de toda crítica e repúdio às ilegalidades e violações cometidas, sentem algum alívio de saber que os militares afastaram o Brasil do destino dantesco que o espreitava.
Se você é de esquerda, só me venha com “Ditadura nunca mais!” quando estiver disposto a reconhecer que o ideário comunossocialista é tão tirânico e assassino quanto o nazifascista; que os defensores do socialismo merecem o mesmo respeito que os adeptos do nazismo; que partidos socialistas/comunistas deveriam ser considerados ilegais, tanto quanto o são os fascistas/nazistas; que o símbolo da foice e do martelo deveria ser proscrito junto com a suástica; que Marx, Engels, Lênin, Stálin, Trótski, Mao, Fidel, Che, Chávez e Maduro deveriam ser tidos como flagelos da humanidade da laia de Hitler, Mussolini, Himmler, Göring e Röhm; que Brizola, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Leonardo Boff, Frei Betto, Marilena Chauí, Lula, Dirceu, Dilma, Haddad, Manuela d’Ávila e Guilherme Boulos – aliados, simpatizantes, partidários e propagandistas daqueles líderes socialistas e de seus regimes genocidas – deveriam ser tão execrados quanto Gentile, Rosenberg e Goebbels. Caso contrário, seu “Ditadura nunca mais!” é apenas a expressão de sua ignorância pretensiosa ou de sua hipocrisia sociopática.
Ante a ideia de alguém “comemorar” o golpe de 1964, essas almas puras, esses ardorosos defensores dos direitos humanos se enchem de sacrossanto horror, mas acham lindo que seus partidos de esquerda – PSOL, PT, PSTU, PCdoB et caterva – comemorem com todas as pompas e honras de Estado, com presença de presidentes e ex-presidentes da República, no Congresso Nacional e nas universidades: a Revolução Russa de 1917, a Revolução Cubana de 1959, a Revolução Maoista e a Revolução Cultural chinesas, fora o resto. Eles não coram de vergonha, não exigem silêncio e não condenam ao ostracismo seus políticos de estimação – Manuela d’Ávila, Dilma, Lula, Haddad, José Dirceu, Boulos –, toda essa gente que canta em prosa e verso as glórias de regimes que foram ou ainda são tão hediondos quanto o próprio nazismo.
São as pessoas do “mais amor, por favor”, do #elenão, mas que passaram vinte anos tripudiando de quem avisava que o regime de Chávez trilhava o caminho de toda revolução socialista: repressão, pobreza, miséria, morte, escravidão e di-ta-du-ra. Hoje, confrontados com o horror vivido pelos nossos irmãos venezuelanos, olham para o lado, acabrunhados, como se não tivessem nada com isso, ou, os mais cínicos e psicopatas, culpam os ianques, culpam Bolsonaro…
É preciso ser muito canalha para dizer “Ditadura nunca mais!” e se derreter em elogios diante de qualquer propaganda esquerdista acerca das “conquistas sociais” de Cuba, onde
• é proibido existir qualquer partido que não seja o Comunista;
• é proibido editar, publicar ou ler qualquer jornal que não seja previamente aprovado pelo Partido Comunista;
• é proibido acessar a internet livremente;
• é proibido fazer qualquer manifestação, por qualquer meio que seja, contrária ao governo.
É preciso ser muito patife pra louvar a educação cubana, cuja universalidade traz embutida a doutrinação partidária e revolucionária obrigatória sobre todas as crianças, praticamente desde o berço; cujo conteúdo é rigidamente controlado por um governo que proíbe terminantemente que os cidadãos – incluídos aí os estudantes! – leiam qualquer livro que possa remotamente ameaçar o controle ideológico do partido sobre sua mentes desde o primeiro olhar que estas lançam sobre o mundo. Só um degenerado moral pode enxergar nisso um modelo a ser invejado e elogiado.
Onde estavam esses amantes da liberdade quando Tarso Genro devolveu a Fidel Castro, em 2007, dois boxeadores cubanos que queriam fugir daquele inferno? Por que essa gente acha normal que as pessoas sejam proibidas de ir embora de Cuba se assim desejarem? Por que elas acusam de vendidos e traidores as centenas de milhares de cubanos que fugiram para a Flórida, em vez reconhecer como ditadura o regime que as fez abandonar sua pátria em busca de uma vida com li-ber-da-de e uma chance de escapar da miséria?
Por que militantes do PCdoB – da meiga lute-como-uma-garota Manuela d'Ávila –, do PT e do PCR foram hostilizar e agredir Yoani Sánchez quando ela visitou o Brasil? Pra piorar, na Câmara dos Deputados, em pleno 2013 – governo Dilma, guerreira, quase mártir da liberdade! (#sqn) –, Yoani foi hostilizada e boicotada por todas as bancadas de esquerda, em vez de recebida e amparada pelo que ela era: das milhões de vozes oprimidas na ilha presídio do Caribe, praticamente a única que achou uma brecha que a ditadura cubana não pôde tapar a tempo de calá-la.
Na mesma ocasião, nas redes sociais, uma avalanche de acusações falsas foram feitas contra a moça; cataratas de loas, odes e declarações de amor eterno derramaram-se sobre Cuba, Fidel, Che e la Revolución. Deu-se o mesmo em todas as universidades maconheiras federais. Tudo isso feito pela mesma grei dos que futuramente votariam em Haddad porque perigam sofrer um AVC só de ouvir a expressão “colégio militar”. Como essa gente tem a cara de pau de dizer “Ditadura nunca mais!”?
O que de fato eles querem dizer é: “Ditadura deles nunca mais! Agora, só a nossa!” A esquerda jamais se incomodou com ditaduras. Desde Marx, pelo menos, a expressão “ditadura do proletariado” nunca foi mera força de expressão. Ela sempre carregou consigo todo o peso que a palavra ditadura impõe. Antes de 1964, todas as revoluções socialistas instauraram ditaduras, e em nenhum caso isso foi, para eles, um resultado surpreendente, inesperado, indesejado. Isso jamais foi visto como um desvio dos propósitos e dos princípios originais. Os comunistas acusavam-se uns aos outros de tudo, nunca de ter pervertido o desejo original de liberdade e democracia dos revolucionários. Eles nunca desejaram nem esperaram tais coisas. Consultem todos os documentos e manifestos das organizações de esquerda que combateram a ditadura militar: vocês não verão a palavra democracia ser mencionada. Nunca. Jamais.
O socialismo desejado por Brizola era uma ditadura. O socialismo desejado por Francisco Julião era uma ditadura. O socialismo desejado por Luís Carlos Prestes era uma ditadura. O socialismo desejado por José Dirceu, João Amazonas, José Genoíno, Fernando Gabeira, Dilma Roussef, Franklin Martins, Carlos Lamarca, Carlos Marighella e tantos mais era uma ditadura. Aquela luta jamais foi entre uma ditadura militar e uma democracia socialista e libertária. Foi entre uma ditadura que estava no poder e outra que queria tomá-lo.
O ódio que a esquerda socialista tem da ditadura militar não é o ódio que amantes da liberdade têm dos que a esta sufocam e trucidam. É o ódio de quem teve o seu sonho roubado: o sonho de vingar todos os séculos de desigualdade, opressão e exploração enforcando o último burguês nas tripas do último padre; de ver realizada sua própria ditadura liberticida, sua própria chance de dizer quem morre e quem vive; de negar aos vivos o direito de escolher um modo de vida capitalista, consumista, individualista, egoísta; de moldar toda a sociedade à imagem do “novo homem” socialista, desapegado, coletivista, altruísta; de condicionar as crianças a ver o mundo unicamente sob essa ótica totalitária; de mandar para campos de “reeducação” e trabalhos forçados todos que não aceitam a utopia da igualdade; de manter estrita vigilância sobre a população pra garantir que ninguém se desvie do bom caminho; de concentrar toda atividade econômica nas mãos do Estado e, como Frei Betto, achar lindo ver que ao povo (cubano, no caso) resta apenas conformar-se com uma “pobreza nobre e operosa”, eufemismo para irremediável miséria.
Por terem privado desse sonho hediondo os socialistas que morreram na luta, e porque os sobreviventes sabem que a roda do tempo girou e já é tarde demais pra que eles desfrutem de sua terra prometida, os militares jamais serão perdoados. Também não serão perdoados os que, a despeito de toda crítica e repúdio às ilegalidades e violações cometidas, sentem algum alívio de saber que os militares afastaram o Brasil do destino dantesco que o espreitava.
Se você é de esquerda, só me venha com “Ditadura nunca mais!” quando estiver disposto a reconhecer que o ideário comunossocialista é tão tirânico e assassino quanto o nazifascista; que os defensores do socialismo merecem o mesmo respeito que os adeptos do nazismo; que partidos socialistas/comunistas deveriam ser considerados ilegais, tanto quanto o são os fascistas/nazistas; que o símbolo da foice e do martelo deveria ser proscrito junto com a suástica; que Marx, Engels, Lênin, Stálin, Trótski, Mao, Fidel, Che, Chávez e Maduro deveriam ser tidos como flagelos da humanidade da laia de Hitler, Mussolini, Himmler, Göring e Röhm; que Brizola, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Leonardo Boff, Frei Betto, Marilena Chauí, Lula, Dirceu, Dilma, Haddad, Manuela d’Ávila e Guilherme Boulos – aliados, simpatizantes, partidários e propagandistas daqueles líderes socialistas e de seus regimes genocidas – deveriam ser tão execrados quanto Gentile, Rosenberg e Goebbels. Caso contrário, seu “Ditadura nunca mais!” é apenas a expressão de sua ignorância pretensiosa ou de sua hipocrisia sociopática.
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